Nem
sempre se pode justificar o que se pensa ou sente, pois como dizem:
- Os que realmente se importam, dispensa
explicações; e aos que não se importam de nada adiantaria explicar.
Mas
enfim sinto em mim hoje uma necessidade de expor que quando falo da busca pelo
autoconhecimento é porque penso ser a ferramenta mais importante que nos é
colocada a disposição pela mãe natureza. O mais interessante é que quando
acredito estar chegando a metade do caminho, sequer comecei a percorrê-lo. Isso
me instiga, me aguça ainda mais a curiosidade. Gosto de parar, pensar,
questionar e então ficar quietinha para corrigir o que acho não estar bom no
meu caminhar; por isso me denomino uma peregrina pois vivo nessa busca que sei
ser interminável, pelo menos ainda por várias reencarnações.
Escolhi
alguns símbolos que me ajudam pessoalmente a tentar entender o processo. A
estrela por exemplo, simboliza para mim que o que busco reside muito além do
meu entendimento humano e me mostram como são infinitas as possibilidades. Nas
borboletas aprecio o dom de se metamorfosear o que me parece intrigante e ao
mesmo tempo estimulante, elas me mostram que posso em qualquer ocasião seja
qual for, o poder e o direito de mudar, transformar, me libertar de conceitos
antes obtidos como regiamente verdadeiros e que na verdade não passavam de
conceitos transitórios, já que a vida esse espetáculo...está em constante
mutação a cada segundo.
Gosto
também do arco-íris e de suas cores pois num constante degradê tanto tem a
dizer sem expressar sequer uma palavra a harmonia do universo. Harmonia esta
que preciso buscar incessantemente em mim; além de simbolizar no meu entender a
busca do equilíbrio para minha insensatez ou minhas paranoias.
Os cavalos para mim simbolizam a liberdade, jamais perdida apenas às vezes concedida pelo animal não por domínio mas por um motivo ainda maior que a própria liberdade; quando esse motivo deixa de ser maior que a liberdade todas as barreiras são quebradas e o cavalo segue seus instintos em busca do que antes era primordial para ele. Me ensinam que não possuímos nada nem ninguém, tão pouco somos propriedades de alguém, apenas ficamos porque algo muito maior e forte nos cativou, e enquanto essa força existir ali ficaremos amorosamente e aparentemente subjulgados. Isso me estimula a me esforçar para reconquistar sempre o que um dia conquistei, porém com cautela... já que existe uma tênue linha entre persistência e teimosia.
Aprecio as flores... pela beleza, pelo perfume, por lembrarem que tudo é perecível
quando se olha superficialmente, mas que quando se vê com os olhos da alma
enxergar-se as sementes que não param de germinar e lutar pela sobrevivência.
Me lembram que sou mais forte do que aparento, pois apesar da fragilidade,
reside em mim enraizada a forte semente.
Admiro as aves sejam elas quais for, desde as mais fortes até as mais singelas, pois me ensinam que meu corpo denso está preso a matéria que envolve meu espírito mas que este em outros estados de consciência pode voar.
Eis
aqui um pouquinho de mim, que provavelmente só pode interessar a mim mesma já
que cada um possui sua lenda pessoal, mas quem sabe as pessoas que possam ler essa postagem se identifiquem com algum
símbolo, ou se estimulem a procurar por outros; o importante é não cessar na
busca pelo autoconhecimento.
Lembrar
sempre que uma vez acesa essa luz, jamais esqueceremos que temos um lugar para
retornar todas as vezes em que densas nuvens se apresentarem sinalizando fortes
chuvas ou terríveis temporais que nos torna por alguns instantes seres tristes,
e aparentemente solitários ou abandonados.
Teremos
sempre a certeza do amparo que nos cabe por direito divino a toda e qualquer
alma que aqui está, basta acreditar. Além do que, sempre haverá alguém que a
Luz coloca em nosso caminho para de alguma forma nos mostrar que não estamos
sós, que o amor em todas as suas formas e expressões existe, que só por essa
razão já vale estar vivo e agradecer a graça de viver.
Salve
o poder da Luz !
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