O desenvolvimento das
capacidades e dos conceitos relacionados com cada chakra ocorre progressivamente ao longo da
vida. Embora cada chakra receba e organize informação continuamente, há
estágios de desenvolvimento em que concentramos nossa atenção principalmente
para aprender certas tarefas. Esses estágios não são exatos e irão sobrepor-se
e variar de indivíduo para indivíduo. Entretanto, ao avaliar seus próprios
chakras, é útil considerar como esses estágios foram conservados em sua vida,
que dificuldades ou traumas possam ter ocorrido, e como podem ter afetado os
chakras que estavam se desenvolvendo na época.
Chakra Um: Segundo trimestre a nove meses
O
primeiro chakra se relaciona com o desenvolvimento pré-natal e com os primeiros
meses de vida, quando a quase totalidade da consciência da criança se concentra
na sobrevivência e no conforto físico. É nessa etapa da vida que o crescimento
do corpo é mais rápido. O aspecto mais importante desse desenvolvimento é que a
criança aprende a se sentir segura, a ter confiança no mundo e a ter suas
necessidades de sobrevivência adequadamente satisfeitas.
O
estágio seguinte começa no nascimento, mas tem seu ponto alto entre o primeiro
e o segundo ano de vida. Este é o estágio de percepção do “outro”, da sensação
e das emoções. E também o período em que a criança começa a se locomover e a
explorar o mundo através dos sentidos. Além da sobrevivência, a criança precisa
se sentir amada, sentir prazer em estar viva, e dispor de uma variedade
agradável e estimulante de sensações para explorar, como cores e sons, texturas
e sabores, e um toque não invasivo, e sim substancioso por parte dos pais e
babás.
O
chakra três entra em ação com o período de busca da autonomia e do
desenvolvimento da vontade. A criança é naturalmente egocêntrica, e quer firmar
um sentido de pessoalidade, de poder e de capacidade de moldar a si mesma. As
mães em geral chamam este período de “época terrível dos dois anos” ou o
estágio do “não”. O ponto importante aqui é deixar que a criança sinta sua
própria autonomia e experimente seu próprio poder, e também tenha um sentido
saudável dos limites baseado no respeito e não na imposição por parte dos pais.
O
chakra quatro se desenvolve quando a criança começa a descobrir seu
relacionamento na família e no mundo à sua volta. Ela começa a imitar, a
responder à dinâmica da família e a desenvolver sua própria maneira de ser nas
relações com as pessoas. As amizades e o jogo com as outras crianças assumem a
maior importância e os colegas começam a exercer uma influência sutil na
formação da personalidade.
Os
pais precisam dar um apoio amoroso no seio familiar que possibilite à criança
expandir gradualmente sua rede de relacionamentos para se sentir amada e
conectada com um mundo mais amplo. Uma dinâmica familiar disfuncional exerce um
impacto particularmente grande nessa idade. As crianças precisam ter modelos de
papéis saudáveis para a expressão de afeto e de amor.
Chakra Cinco:
Seis a dez anos
A
identidade social que se desenvolve nos anos precedentes se desenvolve neste
período por meio da expressão criativa. Por meio da comunicação, a criança
começa a testar sua compreensão do mundo. É importante apoiar a criatividade
sem julgamentos, ouvir com atenção e comunicar com honestidade.
Aprendendo
por meio da comunicação e da investigação, a criança começa a formar seu quadro
interno do mundo e do seu lugar dentro dele. Ela entra em contato com o chakra
seis, o reino da imaginação, e começa a reconhecer padrões, a desenvolver a
sensibilidade psíquica e a perceber o que encontra com uma mente aberta. Nesse
estágio, é importante que os pais forneçam informações e proporcionem
experiências sem invalidar as percepções da criança. Jogos que requerem
imaginação criativa (por exemplo, pedindo à criança que projete imagens em
cenários diferentes através de perguntas como “E que tal se…?”) ajudam a
desenvolver essa habilidade.
No
chakra sete nós nos envolvemos na busca do conhecimento — o aprendizado, o
treinamento, o pensamento e a reunião de informação. Temos então um conjunto
completo de ferramentas para processar toda a experiência passada e futura.
Este pode ser também um período de busca espiritual, embora essa questão varie
de pessoa para pessoa. O melhor suporte para este processo é um ambiente
intelectual estimulante em casa, incentivo a questionar sistemas de crenças,
ensinar a criança a pensar por si mesma, e condições de um bom ambiente
educacional.
A
lesão que ocorre durante qualquer um desses estágios cruciais pode afetar o
chakra que está se desenvolvendo no momento. A medida que você examina os
problemas e os desequilíbrios em seu próprio sistema de chakras, uma intuição a
mais advirá da reflexão sobre suas experiências durante esses estágios de
formação. Como pai ou mãe, é importante estar consciente de suas dificuldades com
chakras específicos, para não passar seus próprios conflitos não-resolvidos aos
filhos.
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