quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Compartilhando um pensamento de McKenna :



Xamanismo Opções para esta história


É tempo de estabelecermos um diálogo baseado numa avaliação objetiva quanto ao que nossa cultura faz e significa. 

É inconcebível prosseguirmos mais cem anos do mesmo modo. O dogma e a ideologia se tornaram obsoletos; suas idéias venenosas permitem que fechemos os olhos à nossa horrenda destrutividade e que acabemos até mesmo com os recursos que pertencem aos nossos filhos e netos. 

Nossos brinquedos não satisfazem; nossas religiões não passam de manias; nossos sistemas políticos são uma imitação grosseira do que pretendemos que eles sejam.

Como podemos esperar algo melhor ? Apesar de terem diminuído os medos de um confronto nuclear (??) com as mudanças recentes no bloco oriental, o mundo continua isolado pela fome, pela superpopulação, pelo racismo, pelo sexismo e pelo fundamentalismo político e religioso. Temos a capacidade - industrial, científica e financeira - de mudar o mundo. A questão é : será que temos capacidade de mudar a nós mesmos, de mudar nossas mentes? Acredito que a resposta a isso deva ser sim, mas não sem a ajuda da natureza. Se a mera pregação da virtude fosse uma resposta, já teríamos há muito chegado ao umbral da existência angélica. Se a mera legislação da virtude fosse uma resposta, teríamos aprendido isso há muito tempo.

Buscar a ajuda da natureza significa reconhecer que a satisfação do impulso religioso não vem do ritual, e ainda menos do dogma, e sim de um tipo fundamental de experiência - a experiência da simbiose com plantas enteógenas e, através delas, da simbiose com toda a vida planetária. Por mais radical que possa parecer essa proposta, ela foi prevista no trabalho de um observador tremendamente sóbrio de nossa cultura, Arthur Koestler:

"A natureza nos abandonou, Deus parece ter deixado o fone fora do gancho, e o tempo corre. 

Esperar que a salvação seja sintetizada no laboratório pode parecer uma coisa materialista, louca, ingênua; mas para dizer a verdade, há uma virada junguiana nesse sentido - já que isso reflete o sonho antigo do alquimista, de fabricar o elixir vitae. 

Mas o que esperamos dele não é a vida eterna, nem a transformação de metal base em ouro, e sim a transformação do homo maniacus em homo sapiens. Quando o homem decidir tomar seu destino nas mãos, essa possibilidade estará ao alcance".

Koestler concluiu, a partir do exame de nossa história de violência institucionalizada como espécie, que alguma forma de intervenção farmacológica será necessária antes que possamos estar em paz uns com os outros. Ele prossegue fazendo uma argumentação em favor da intervenção farmacológica conscientemente administrada na vida da sociedade, e essa intervenção tem graves implicações na preservação dos ideais de independência e liberdade. 

Aparentemente Koestler não tinha consciência da tradição xamânica da riqueza da experiência psicodélica. Portanto ele não sabia que a tarefa de levar uma população humana global a um estado de equilíbrio e felicidade pode implicar em introduzir na vida das pessoas a experiência de um horizonte interno de transcendência.

Amor - Paz e Luz !

Léo Artese

https://www.facebook.com/pages/Xamanismo/244725175635206


Nenhum comentário:

Postar um comentário