quarta-feira, 10 de junho de 2020

Geometria Sagrada





Algumas curiosidades:

Existe uma teoria que diz que toda vida e forma de existência são determinadas por relações geométricas abstratas, “um mundo invisível e imaterial de formas puras e geométricas”. Até mesmo os nossos sentidos estariam relacionados às proporções geométricas.

Isso pode ser provado através de um simples exemplo: a fotossíntese.

O carbono, o hidrogênio e o magnésio das moléculas da clorofila estão dispostos num desenho parecido com uma margarida – um desenho simétrico complexo, de 12 arestas.

O mais curioso é que o 12 aparece com freqüência, no pensamento mitológico, como número da Grande Mãe Universal, doadora da Vida. Ao que parece, “este símbolo de doze partes é necessário inclusive ao nível das moléculas”.

Este fenômeno é representado simbolicamente nas rosáceas de muitas igrejas, que transformam a luz num espectro de cores. Estudiosos, magos, engenheiros e arquitetos do Mundo Antigo e Medieval sabiam disto.

São Bernardo de Claraval, inspirado em Paulo de Tarso, disse:
“Que é Deus? É longitude, largura e profundidade.”

Os gregos herdaram o estudo da geometria dos egípcios. No Antigo Egito, geometria era considerada o trabalho de medir a terra, em função do transbordamento do Nilo. Era o restabelecer dos princípios da ordem e da lei sobre a terra, porque a cada ano a zona medida à margem do rio era diferente. Então, também, se as constelações mudavam de posição, a orientação de um templo ajustava-se a isto. Na verdade, a geometria tinha para os egípcios conotações metafísicas, físicas e sociais.

A geometria surgiu, desta maneira, como prática da observação da Natureza, que sempre encarnou as formas arquetípicas do círculo, do quadrado e do triângulo, tão estudadas por Jung, que declarou estarem presentes no inconsciente coletivo.

A geometria mede as relações entre as formas no estudo da ordem espacial. Unida à aritmética, à astronomia ( observação dos movimentos cíclicos no estudo da ordem temporal) e ao estudo da harmonia e da música, constituíam as disciplinas mais importantes da educação clássica.

O objetivo desta educação era fazer da mente um canal para que o nível da forma manifestada, a terra, recebesse a vida cósmica dos céus, o abstrato, ou seja, uma disciplina para desenvolver a intuição intelectual e espiritual.

No livro “A República”, de Platão, há uma citação de que os geômetras utilizavam as formas visíveis e falavam delas, mas na verdade tratavam daquilo que elas eram um reflexo, estudavam o quadrado em si e a diagonal em si, mas não a imagem que eles desenhavam. Eram realidades vislumbradas pelos geômetras que só podiam ser contempladas pela mente.

Assim, as formas matemáticas têm uma primeira estância na alma, de modo que existem círculos invisíveis antes dos corpos que se movem em círculos, razões harmônicas antes das coisas harmonizadas, e figuras vitais antes das aparentes. (Thomas Taylor)

A geometria pode ser considerada como uma metáfora da Ordem Universal, e por isso, sagrada.

Atualmente os estudos científicos de Exatas, se limitam à visão das aparências, mas com a descoberta de novas tecnologias e com o advento da Física Quântica, já é possível observar a presença da Ordem Universal nos ciclos da vida.


Referência Bibliográfica:

GEOMETRIA SAGRADA, de Robert Lawlor, Edições del Prado.


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