Em princípio, somos seres espirituais.
Muito mais do que o corpo que movimentamos, somos a fagulha que acendeu
a vida. E essa fulgurante centelha, causa primeira, é sem fim, ilimitada
eterna. Portanto, somos em verdade ilimitados e sem fim.
Em vários textos falo em “Essência” para especificar o
que somos em verdade, a nossa verdadeira dimensão, aquilo que anima e faz
funcionar todos os órgãos físicos, movimenta nossas emoções e faz o princípio
criador se manifestar nesta esfera.
Construímos a maravilhosa máquina bioenergética que possuímos, mas não
somos esse corpo: apenas o possuímos como um instrumento para movimentar nossas
energias e responder aos estímulos que o ambiente produz.
Esta vestimenta se deteriora com o passar do tempo, pode ser ferida e se
extingue. Nós não. Somos eternos viajantes cruzando tempo e espaço, etérea
fonte essencial por onde se manifesta a vida e a existência é criada.
É nossa Essência que abriga o corpo que habitamos, não o contrário como
muitos imaginavam. A alma não reside no corpo, e o corpo é que está sob o
abrigo do campo de força que conhecemos como aura ou alma. O conjunto físico
faz parte de uma estrutura energética que, por sua vez, está no âmago do
Espírito Universal, que em verdade é a Essência de quem Somos.
Nós somos a própria Energia da Vida.
A estrutura energética que forma um campo de força e nos envolve é
conhecida por diversos nomes: uns chamam de espírito, outros de aura,
perispírito e muitos outros nomes, dependendo da época e região. Todas essas
designações servem como uma indicação para o entendimento da matéria, mas não
conseguem abranger o entendimento de sua verdade.
Em um esforço para que nossa compreensão possa entender, podemos
considerar que aquilo que conhecemos como alma seja a própria Vida em
movimento, agrupada em determinado local no que conhecemos como a dimensão
Espaço-tempo.
Como explica Neale Donald Walsch em seu livro “Novas
revelações”: “Essa Energia da Vida vibra e tremula, pulsa e brilha
em volta de todos os objetos físicos do Universo. Dependendo da frequência da
sua vibração, essa energia pode às vezes ser vista. Pode também produzir outros
efeitos como calor.”
Essa manifestação de energia, portanto, é a Essência primordial, a
Matéria base de tudo o que existe, a Luz que Somos Nós.
Somos em verdade energia eterna e sem limite.
Outra consideração que deve ser feita para desfazermos enganos é que
essa Luz não irradia dos objetos físicos. Ao contrário, a irradiação converge
para todos os objetos materiais, e assim os cria.
A estrutura energética percebida como irradiação ou aura rodeia a
matéria que criou e se expande desse objeto indefinidamente no tempo e espaço.
A energia nunca tem fim. Ou seja, não existe espaço entre um campo energético e
outro, ele não tem começo nem fim. Assim somos, não há nenhum local onde nossa
alma termine e comece outra.
Novamente recorrendo a Walsch, “É como o ar em sua
casa. Há vários cômodos separados, mas só um ar”.
Nossa alma, a estrutura energética que ela é, estende-se continuamente,
não se apaga inteiramente jamais, e muito menos se extingue. Ao contrário,
combina-se e se une a outras estruturas energéticas, constituindo outras
aglomerações, criando modelos e configurações diversos, desdobrando-se no
infinito.
Isto é o que somos: estruturas de
energia que não tem limites, Almas sem fim, eternas.
Em verdade é isso que somos.
José Batista de Carvalho
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